Descubra os riscos do consumo e confira dicas de como diminuir alimentos ultraprocessados do dia a dia  

Já parou para pensar o que compõe a sua alimentação diária? Se hoje, no final do dia, você fizesse uma lista do que comeu, qual seria a proporção de alimentos naturais e alimentos ultraprocessados?  

Bem, se essa reflexão nunca passou pela sua cabeça, saiba que ela é urgente! Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil aumentou 5,5% nos últimos dez anos.   

Nossa alimentação tem um impacto direto na nossa saúde, tanto física quanto mental. E, infelizmente, esse tipo de consumo tem aumentado, principalmente após a pandemia.

Mas o que são alimentos ultraprocessados? E por que eles são tão prejudiciais à nossa saúde? No artigo de hoje vamos te contar o motivo pelo qual é preciso se preocupar com o tema, além de trazer dicas e alternativas mais saudáveis para evitá-los ou, até mesmo, deixar de consumi-los. Acompanhe com a gent

O que são alimentos ultraprocessados?

Os alimentos ultraprocessados são produtos alimentícios e bebidas que passam por vários processos industriais e, por conta disso, perdem a maioria de suas propriedades naturais (como por exemplo as fibras). 

Além disso, são produzidos com ingredientes industrializados como: açúcar, sal, gorduras, aditivos químicos e conservantes (em alta quantidade), ou seja, podem fazer muito mal ao nosso organismo.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), alimentos ultraprocessados são formulações industriais, geralmente com cinco ou mais ingredientes, incluindo substâncias não comumente usadas em preparações culinárias. 

O problema é que costumam ser saborosos e fáceis de consumir, sendo muito atraentes para o consumidor, tanto pelo preço, quanto pela praticidade de consumo no dia a dia. No entanto, são nutricionalmente desequilibrados e podem causar diversos problemas de saúde.

E de onde os alimentos ultraprocessados surgiram?

Os alimentos ultraprocessados surgiram durante a Revolução Industrial, no século XX. Com o avanço da tecnologia e da industrialização, eles foram desenvolvidos para atender às necessidades de uma população cada vez mais urbana, com uma elevada carga horária de trabalho e, consequentemente, com pouco tempo para cozinhar.

Nessa época, surgiram técnicas que aprimoraram o refinamento da farinha e do açúcar, o que impactou diretamente na rápida expansão da fabricação e da comercialização dos alimentos ultraprocessados.

Até hoje, a maioria das empresas que produzem esse tipo de alimento são grandes  multinacionais que conseguem comprar os ingredientes por um preço bem abaixo do mercado. Ou seja, o raciocínio por trás da produção dos alimentos ultraprocessados é: baixo custo que gera alto lucro. 

Quais os alimentos ultraprocessados mais consumidos?

E se você ainda não está em estado de alerta para o tema, saiba que segundo a OMS, os alimentos ultraprocessados são os mais consumidos no mundo. Entre eles estão:  refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados, chocolates (os que não são de verdade) e cereais matinais.  

No Brasil, um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que 60% das calorias consumidas pela população brasileira vêm de alimentos ultraprocessados. Na lista nacional os mais consumidos mundialmente se repetem, adicionando apenas o suco artificial (que pode ter como alternativa o suco integral).

E por que os alimentos ultraprocessados devem ser evitados?

A resposta para essa pergunta vai além da busca por um estilo de vida saudável. Alimentos ultraprocessados estão frequentemente associados a uma série de problemas de saúde, como:

Obesidade: Por serem ricos em calorias, mas pobres em nutrientes, podem acarretar no ganho de peso não saudável..

Diabetes: Por possuírem alta quantidade de açúcar, podem aumentar os níveis de açúcar no sangue e favorecer o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Doenças cardíacas: Por possuírem uma infinidade de gorduras saturadas e trans, podem aumentar (e muito) o risco de doenças cardíacas.

Doenças do fígado: Com índices elevados de açúcares e gorduras, podem prejudicar diretamente o fígado.

Câncer: Alguns estudos sugerem que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode aumentar o risco de câncer.

Pressão alta: Por serem ricos em sódio, favorecem o aumento da pressão arterial,

E como saber se o produto é ultraprocessado?

Para saber se um produto é ultraprocessado, é sempre importante verificar a  composição nos rótulos. Geralmente eles possuem uma lista longa, com diversos ingredientes industrializados. Alguns exemplos:

• Açúcar
• Sal
• Gorduras saturadas e trans
• Aditivos químicos
• Corantes
• Aromatizantes
• Realçadores de sabor

Além disso, os alimentos ultraprocessados geralmente têm uma lista de ingredientes incomuns, que não são usados na cozinha tradicional, como: Maltitol, Carragenina, Monoestearato de glicerila, Dióxido de titânio e L-glutamina. 

Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), outros ingredientes como glutamato monossódico, xarope de milho e óleos hidrogenados são indicativos de processamento intensivo. 

Outra ação importante é verificar a data de validade. É simples: quanto maior, mais componentes industrializados o alimento possui e menos saudável ele é. 

Dicas para evitar o consumo de alimentos ultraprocessados

Felizmente, há uma infinidade de opções saudáveis que podem substituir os alimentos ultraprocessados em nossas refeições diárias.  Mas, antes disso, seguem algumas dicas que podem parecer simples, mas que já trarão impactos positivos na sua rotina: 

• Ler os rótulos dos alimentos com atenção.
• Escolher alimentos com ingredientes simples e naturais.
• Preparar as próprias refeições.

E, para substituir ou reduzir o consumo dos alimentos ultraprocessados, seguem  recomendações de substituições: 

• Refrigerantes por água, chá ou suco natural.
• Salgadinhos por frutas, legumes ou oleaginosas.
• Biscoitos recheados por frutas, biscoitos integrais ou torradas.
• Chocolates por frutas, sementes, castanhas ou chocolates de verdade.
• Cereais matinais por frutas, aveia ou granola caseira.
• Refeições prontas por refeições feitas em casa com ingredientes frescos.

Além disso, escolha carnes magras e laticínios desnatados e, sempre que possível, limite o consumo de industrializados. Por serem nutricionalmente desequilibrados, os alimentos ultraprocessados são prejudiciais para a nossa saúde. Por isso, é importante evitá-los ao máximo.

E mais: a produção de alimentos ultraprocessados é responsável por uma série de impactos ambientais negativos, como o desmatamento, a poluição e o desperdício de recursos naturais.

Alimentação saudável e agroecologia

Uma alimentação saudável é aquela que fornece todos os nutrientes essenciais para o nosso organismo. Ela deve ser baseada em alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, legumes, verduras, grãos integrais, carnes magras e laticínios desnatados.

A agroecologia é um sistema de produção agrícola que busca a sustentabilidade ambiental, social e econômica. Ela se baseia em princípios como a diversidade, a rotação de culturas e o uso de insumos naturais.

Os produtos agroecológicos são mais saudáveis e nutritivos do que os produtos convencionais, pois são produzidos sem o uso de agrotóxicos, fertilizantes químicos e outros insumos artificiais.

Diante disso, é importante reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e optar por uma alimentação mais saudável e sustentável. Ao tomar essas ações, você estará contribuindo para a sua saúde, o meio ambiente e a sustentabilidade.

Aqui na Raízes do Campo nós oferecemos produtos agrícolas e alimentícios saudáveis, produzidos de forma agroecológica, pelas famílias camponesas. 

Estamos comprometidos com a qualidade e a sustentabilidade e oferecemos opções que nutrem seu corpo da melhor forma. Faça parte dessa jornada pelo sabor autêntico e pela saúde plena. Acesse nosso catálogo e embarque conosco nessa revolução alimentar. Seu corpo agradece, a natureza agradece. 

Bom pra quem planta, bom pra quem come, bom para o meio ambiente. Esperamos que o conteúdo de hoje tenha contribuído para reflexões que te impulsionem a escolher melhor os alimentos do seu dia a dia. Até a próxima!